Acordar bem cedo em São Paulo tem suas vantagens. Mesmo trechos inóspitos da cidade, aqueles com avenidas largas e desagradáveis tamanha fumaça e barulho, podem ficar bonitos. Olha o amanhecer na Avenida Doutor Arnaldo.
Conforme divulgado, no Dia Mundial Sem Carro, a Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade) ofereceu um café da manhã para agradecer quem utiliza a bicicleta como meio de transporte na cidade. Houve distribuição de sanduíches, frutas e café na Praça do Ciclista, que fica na Avenida Paulista, entre as ruas Bela Cintra e Consolação.
A Praça do Ciclista já é um ponto de encontro tradicional na cidade. É de lá que saem as Bicicletadas todo mês na cidade – hoje acontece uma especial com concentração às 18h e saída às 20h. Além do café, quem esteve na praça recebeu também um folheto com dicas de como pedalar com segurança e sobre a importância de compartilhar as vias com respeito e cuidado.
Café da manhã é sempre uma boa oportunidade de encontrar e fazer amigos, como o entusiasmado âncora da CBN, Mílton Jung, que apareceu por lá a caminho do trabalho. É bom o Herótodo Barbeiro tomar cuidado. A empolgação do Jung com a bicicleta é contagiante.
O café da manhã também foi um momento de diversão, de observar a cidade, trocar ideias, tirar fotos. Enquanto motoristas que não aderiam ao Dia Mundial Sem Carro passavam ao redor na velocidade de uma galinha com expressões de tédio pelo trânsito logo cedo, quem foi de bicicleta e parou para tomar café no caminho do trabalho viveu a cidade de um jeito diferente.
Um dos principais responsáveis por organizar o café da manhã foi o Matias Mickenhagen, um dos diretores da Ciclocidade. Aliás, não fosse ele, pouca gente perceberia que na Praça do Ciclista, em plena Avenida Paulista, tem um pé de amora carregado. Coisa que quem passa de carro nem sonha.
Em minha opinião é uma boa alternativa ficar um dia sem carro, quiçá pode pensar em outras alternativas de locomoção, alem claro de dar um “respiro” ao planeta que na verdade a mãe terra nos dá tudo e nos tiramos sua alegria de viver, e como e lógico estamos pagando as conseqüências como o aquecimento global, penso também em um dia de “reflexão” de como nos encontramos e o pouco que fazemos são paliativos, e só nos resta contemporizar – como é possível que desde a revolução industrial do século XIX (pouco mais de um século) tenhamos descuidado tanto, o poder do lucro sem consciência e sem futuro, por isso considero que esse dia poderia tornar-se em um ato de reflexão dos novos interesses com a máxima capacidade cultural.
Goiânia, 28 de Setembro de 2010
Arq. Jorge Villavisencio.